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Barthes em Godard

Críticas suntuosas e imagens que machucam
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ISBN-13:
9788594850690
Veröffentl:
2019
Seiten:
152
Autor:
Leda Tenório da Motta
eBook Typ:
EPUB
eBook Format:
Reflowable
Kopierschutz:
Adobe DRM [Hard-DRM]
Sprache:
Portugiesisch
Beschreibung:

Citam-se aqui os Cahiers du Cinéma através de duas fontes principais. Uma delas é a versão digitalizada da coleção completa da revista, disponibilizada em seu site pelo atual detentor dos direitos, que, desde 2008, não é mais o grupo Le Monde, que os havia adquirido da primeira editora, a Édition de l´Étoile, mas a tradicional editora de livros de arte Phaidon. A outra fonte é a coletânea em dois volumes Jean-Luc Godard par Jean-Luc Godard, organizada por este eterno perseguidor de Godard que é o crítico e professsor francês Alain Bergala, que seleciona e estabelece o principal das contribuições críticas godardianas dos anos 1950-1984 e 1984-1998. O recurso à antologia de Bergala rende, aqui, por vezes, citações "apud", o que se explica. Seja pelo estilo suntuoso, seja pela proporção do corpus em que se constitui, já que Godard segue escrevendo depois de passar à realização, o conjunto da obra do cineasta de À bout de souffle é de tirar o fôlego. Incluem-se aí as muitas entrevistas em que essa crítica continua, já que Godard é também um intenso pensador oral.Os títulos dos filmes da Nouvelle Vague e daqueles outros filmes que integram o cânone da escola são aqui sempre citados no original. Os títulos brasileiros, quando existem, estão relacionados em apêndice.Isso resolve grandes e pequenos problemas. Problema menor: se a tradução "Acossado" para "À bout de souffle" (literalmente: no limite do fôlego) encerra um perfeito comentário acerca da alma do herói em fuga de Godard, deixa intocada as insinuações vanguardistas dessa fórmula-manifesto. De fato, o famoso enunciado também se refere ao esgotamento das artes, principalmente, ao envelhecimento do romance realista, muito prezado pelo cinema francês da "Tradição da Qualidade", que vive de adaptá-lo prudentemente, tendência que os Cahiers desocultarão. Mas os realizadores saídos da escola dos Cahiers sentem-se igualmente retardatários em relação ao próprio cinema, quando o interceptam, nos meados do século XX, vendo-o já sem força. Desse modo, é também de um certo "regret" (saudade, nostalgia) do cinema, na expressão mesma de Godard crítico, que "à bout de souffle" fala. Tudo isso fica perdido na tradução."Barthes em Godard" inspira-se no título de um livro de Éric Rohmer musicólogo: De Mozart em Beethoven. Ensaio sobre a noção de profundidade na música (1998). Barthes foi um crítico musical extremamente atuante, como é bem sabido, e a erudição musical de Godard deixa-se apreciar em muitos de seus filmes – por exemplo, em Prénom Carmem, em que tudo se passa ao som de quartetos de Beethoven –, mesmo que seja jazzística a trilha sonora de seu primeiro e mais cultuado longa- metragem. Se é principalmente a pintura que os guia a ambos em sua verificação apaixonada do poder de convicção de certas imagens – sendo esta revolta lógica uma de suas cumplicidades ocultas aqui perseguidas –, a música não pode deixar de interessá-los já que as imagens que contam,

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